Faça o que você quer.
Imagine acordar um dia e perceber que cada escolha que você fez até aqui não foi realmente sua. Que seus passos foram guiados por expectativas alheias, por uma narrativa que foi escrita antes mesmo de você começar a andar. Você se formou porque disseram que era o certo. Arrumou um emprego porque era o próximo passo lógico. Seguiu um caminho que parecia seguro, porque era isso que todos faziam. Mas e se tudo isso não passasse de um grande jogo em que as regras nunca foram suas?
Vivemos em uma era em que nunca tivemos tantas ferramentas para expressar nossa individualidade, mas ironicamente, nunca estivemos tão pressionados a nos encaixar em moldes pré-desenhados. A pergunte que persiste é: quantas de nossas escolhas são verdadeiramente nossas? Quantas decisões tomamos por medo de desapontar, de ficar para trás ou de ser julgado.
Desde pequenos, somos imersos em um sistema de crenças que dita não apenas o que é "bom" ou "ruim", mas também o que é desejável. Somos treinados a seguir scripts invisíveis formados por tradições, comparações sociais e até bem-intencionados conselhos familiares nos levam a perseguir objetivos que raramente questionamos.
Escolas moldam nossos pensamentos, universidades nos vendem um futuro ideal, e o mercado de trabalho dita quem devemos ser. Mas pare por um instante e pergunte-se: o que você realmente quer? Se ninguém estivesse olhando, se não houvesse pressão social, qual seria o seu caminho?
O problema não está nos caminhos (estudar, trabalhar, constituir família), mas na ausência de consciência com o que os percorremos.
A verdade é que a maioria das pessoas não vive, elas simplesmente cumprem um papel. Caminham na direção que lhes foi apontada, sem questionar, sem se permitir sonhar diferente. Aceitam o que é dado, sem jamais ousar reescrever a história. Mas viver de verdade exige coragem. Exige quebrar padrões, desafiar expectativas e muitas vezes, desapontar aqueles que esperavam que você fosse apenas mais um na multidão.
Não viva uma vida inteira com medo de decepcionar seus pais ou as pessoas ao seu redor, viva uma vida com medo de decepcionar a si mesmo.
E não é fácil. Escolher o próprio caminho significa encarar incertezas, enfrentar olhares de reprovação e lidar com o medo de estar errado. Mas aqui vai uma verdade que poucos falam: não há um caminho certo, apenas o caminho que faz sentido para você. O que funciona para um pode ser um pesadelo para outro. E o que parece seguro para muitos pode ser uma prisão para alguns.
O sistema em que vivemos foi construído para manter as pessoas dentro de um trilho. Um ciclo que se repete: estudar, trabalhar, consumir, aposentar. A cultura moderna celebra a ideia de "liberdade", mas raramente nós admitimos o quanto somos condicionados por algoritmos sociais. As redes sociais ditam padrões de beleza, sucesso e felicidade. Mercados transformam desejos em necessidades. Até mesmo nossa noção de "realização pessoal" é frequentemente contaminada por métricas alheias: salários, títulos, números de seguidores. Mas quem disse que essa é a única maneira de existir? Quem definiu que essa é a melhor forma de passar seus anos na Terra? Se você parar para observar, verá que aqueles que realmente criaram algo grandioso foram os que ousaram sair da linha. Foram aqueles que disseram “não” ao que era esperado e decidiram traçar seu próprio percurso, mesmo sem garantias.
As consequências do piloto automático.
Viver sob scripts externos tem um custo invisível: a erosão da sua identidade. Quando priorizamos expectativas alheias, nós enterramos perguntas essenciais.
O que me move além do medo do fracasso ou da rejeição?
Quais sacrifícios eu estou fazendo para manter uma imagem que não me pertence?
Como seria minha vida se eu ouvisse mais minha intuição do que apenas o ruido do mundo?
Nos tornamos o observador da nossa própria existência, assistindo passivamente enquanto outros dirigem o enredo.
Destruindo os scripts.
Reivindica sua autonomia não exige rebeldia dramática, mas coragem para pequenas insubordinações diárias.
Interrogue os seus "porquês"
Antes de tomar uma decisão importante, pergunte-se: "Estou fazendo isso por hábito, pressão ou genuíno desejo?"
Abrace a vulnerabilidade do não saber.
Permita-se não ter as respostas prontas. A jornada do autoconhecimento é feita de perguntas, não de certezas.
Experimente fora da caixa.
Teste hobbies, carreiras ou estilos de vida que nunca considerou "práticos". Às vezes o inútil é o mais transformador.
Redefina sua medida de sucesso.
Crie critérios pessoais: o que é ser "rico", "bem sucedido" ou "feliz" para você?
Pratique o desapego afetivo.
Aprenda a diferenciar amor genuíno daqueles que tentam moldar você para satisfazer suas próprias inseguranças.
Reflexão final.
Romper os scripts socias não é sobre rejeitar tudo ou todos, mas sobre escolher com quais fios queremos tecer nossa história. Como escreveu a poeta Mary Oliver:
"O que você planeja fazer com sua vida selvagem e preciosa?"
A verdadeira liberdade começa quando substituímos o o "que dirão" pelo "o que eu sinto". Não há garantias nesse caminho, apenas a certeza de que, pela primeira vez você estará vivo. Então eu te pergunto: você está disposto a desafiar essa estrutura? Está pronto para olhar para sua vida com olhos honestos e admitir que talvez esteja apenas seguindo um fluxo que não é seu? |Você está preparado para tomar decisões que podem não fazer sentido para os outros, mas que ressoam profundamente dentro de você?
A vida é curta demais para ser escrita por outras mãos. Chega de aceitar um destino pré-fabricado. É hora de tomar as rédeas e escrever sua própria história. Afinal, você quer ser protagonista ou apenas mais um figurante no roteiro de alguém?
A escolha é sua. Sempre foi. Mas será que você tem coragem de realmente escolher?
Chegamos ao fim de mais uma breve reflexão. Compartilhe com alguém que possa se interessar. E considere se inscrever para não perder nenhuma nova publicação.
Agradeço a todos que leram até o final♥
Abraços -Leoni
sou fã da sua escrita leoni!!
eu, particularmente, penso muito sobre isso, sobre o medo de errar e o medo de pensar fora da caixa, mas ao mesmo sei que isso é preciso pra ser “livre” e nao mais um robo, q saco